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InfoGripe: Influenza A é a principal causa de mortes por SRAG em 2025

O estudo epidemiológico aponta alta nas incidências em sete estados; Covid-19 lidera os óbitos por SRAG nas últimas quatro semanas, com 53,3%
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A última atualização do Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgada na quinta-feira (9), aponta avanço dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados por influenza Ano estado de São Paulo (SP). Em 2025, o vírus já é responsável por metade das mortes por SRAG, com cerca de 50,7% dos óbitos.

De acordo com os pesquisadores, o crescimento de notificações em SP acende um alerta, devido às amplas conexões com outras regiões do país, fator que pode acelerar a disseminação do vírus em território nacional.

O levantamento epidemiológico ainda indica situação de alerta, risco ou alto risco para os casos de SRAG em sete estadosbrasileiros:

  • Amazonas;
  • Goiás;
  • Paraná;
  • Pará;
  • Rio de Janeiro;
  • Roraima;
  • Santa Catarina.

A análise é referente à Semana epidemiológica (SE) 40, de 28 de setembro a 4 de outubro.

Covid-19

A pesquisa revela que a Covid-19 é responsável por 53,3% de óbitos por SRAG nas últimas quatro semanas. O vírus segue a impulsionar o aumento dos casos de SRAG no Sul, nos estados do Paraná e Santa Catarina. Por outro lado, no Distrito Federal, Espírito Santo e Goiás os índices associados ao vírus mostram sinais de interrupção do crescimento.

Diante desse cenário, a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada para evitar a alta das notificações.

“Por isso, a gente vem aqui reforçar a importância das pessoas estarem em dia com a vacinação contra o vírus da influenza e também contra o vírus da Covid-19, já que a vacina contra esses vírus é a principal forma de prevenção contra os casos graves”, enfatiza Portella.

Rinovírus e VSR

O rinovírus tem contribuído para o aumento das incidências de SRAG, especialmente entre crianças e adolescentes, em diversos estados do país. Os principais registros ocorrem nas regiões Norte, como Amazonas, Pará e Roraima, e no Sul, com destaque para Paraná e Santa Catarina, além do Rio de Janeiro.

No estado do Amazonas, os casos provocados pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em crianças menores de dois anos seguem em crescimento.

Incidência

No cenário nacional, o número de notificações de SRAG apresenta sinal de crescimento nas tendências de curto e longo prazo. As últimas quatro semanas epidemiológicas apontam que o rinovírus é o vírus mais detectado entre os casos positivos, seguido por covid-19 e influenza A.

Vírus Prevalência (%)
Rinovírus 41,5%
Sars-CoV-2 (Covid-19) 16,1%
Influenza A 17,1%
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) 11,1%
Influenza B 2%

Fonte: Fiocruz

Em relação aos óbitos registrados no mesmo período, a Covid-19 aparece como a principal causa, seguida pelo rinovírus e pela influenza A.

Vírus Prevalência (%)
Sars-CoV-2 (Covid-19) 52,3%
Rinovírus 22%
Influenza A 15,9%
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) 5,1%
Influenza B 2,3%

Fonte: Fiocruz

Ano epidemiológico

Ao longo do ano epidemiológico de 2025, já foram notificados mais de 189 mil casos de SRAG, sendo 52,9% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Dentre as notificações positivas:

Vírus Prevalência (%)
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) 42,1%
Rinovírus 27,4%
Influenza A 23,3%
Sars-CoV-2 (Covid-19) 7,9%
Influenza B 1,2%

Fonte: Fiocruz

No mesmo recorte temporal, já foram contabilizadas mais de 11 mil mortes. Desse total, 51,8% tiveram confirmação laboratorial para algum vírus respiratório, com destaque para a influenza A, principal agente identificado.

Vírus Prevalência (%)
Influenza A 50,7%
Sars-CoV-2 (Covid-19) 22,7%
Rinovírus 13,8%
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) 11,9%
Influenza B 1,8%

Fonte: Fiocruz

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